terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Verdade nua e crua no palco

Os alunos do 1º Ano do Ensino Médio encerraram com chave de ouro o Projeto Terça Literária do ano, na terça, 30 de outubro. A partir do tema violência contra a mulher, eles montaram uma peça teatro com direito a cenário, sonoplastia, produção de um vídeo para contar o início da história e uma atuação digna de muitos aplausos para os protagonistas, os alunos Gustavo Serejo Medeiros e Rillary Mardones Sathler Elias. Tudo sob a direção de Letícia Cristina Carolino Cotta.

Gustavo e Rillary brindaram o público, os colegas
do 2º e 3º Anos, com uma ótima interpretação
A peça contava a história “de amor” entre um jovem casal que morava em estados diferentes e começou o relacionamento pela Internet. Eles se conheceram, casaram e quando tudo parecia ser um mar de rosas... ele, tomado pelo ciúme, começou a espancar a mulher. Um detalhe que marcou a apresentação foi a realidade das cenas!

O tempo passa, ela aparece grávida, mas os espancamentos não cessavam. E o resultado de tanta violência acabou recaindo sobre o bebê, que nasceu surdo.

O grand finale da peça mostra o marido arrependido, sozinho e consciente dos erros que cometera. “Acabei ficando sem as duas coisas que mais amava na vida”, diz, no final da peça.

Terminada a apresentação, os professores Eliana Thompson, de Português, e Leonardo, de Literatura, não perderam a oportunidade de elogiar o trabalho. Eliana chamou a atenção para o fato da turma ter trazido à tona um assunto sério e recorrente – a violência contra a mulher. E Leonardo, além assinar embaixo das palavras da colega, elogiou bastante a atuação dos alunos e falou da importância da arte para a vida das pessoas.

Assunto mais atual do que nunca

Menos de um mês depois da apresentação dos alunos, o assunto ganhou o noticiário nacional. Na última semana de novembro, o Ministério da Justiça recebeu um relatório preocupante sobre a violência contra a mulher no Brasil. A cada cinco minutos, uma mulher é agredida no País. Foi o revelou um relatório do Ministério da Justiça.

E de acordo com o documento, o Espírito Santo é apontado como Estado mais violento para as mulheres. O Estado registrou 9,4 homicídios por 100 mil. E o que mata menos é o Piauí, com 2,6 homicídios por 100 mil mulheres.

O documento confirmou, ainda, o que a peça do 1º Ano mostrou: em quase 70% dos casos, quem espanca ou mata a mulher é o namorado, marido ou ex-marido.

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