quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A brincadeira no desenvolvimento das crianças

Brincar é sempre um ótimo negócio!!! Veja por que...

Você está vendo “apenas” um passeio com a boneca, um castelo de peças de madeira sendo erguido, uma comida de mentirinha em um fogão de mentirinha ou várias peças em um tabuleiro... Mas nesses momentos seu filho está soltando a imaginação e desenvolvendo algumas de suas habilidades, aprendendo a dividir, a perder, a respeitar a vez do outro.

“Na infância, a brincadeira serve para o desenvolvimento da criança. Ela aprende brincando”, afirma Cleonara Schwartz, coordenadora do programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo.

Nessa etapa fundamental do aprendizado, os brinquedos educativos ganham papel de destaque, mas eles precisam seguir um requisito importantíssimo: a idade e a maturidade da criança. Ou seja, insistir, por exemplo, que a criança aprenda números ou escrita - mesmo que seja durante uma brincadeira – não a fará mais inteligente se ela não estiver pronta para receber esse conhecimento. 

O desenvolvimento cognitivo, tão presente na infância, segundo Cleonara, exige tempo. É simples: assim como uma criança de seis meses não consegue andar sozinha porque seu corpo não está preparado para isso, uma de dois anos também não vai conseguir escrever ou somar, afinal sua estrutura mental não está desenvolvida para tanto.

Brincar para aprender

Um estudo das Universidades de Delaware e Temple, nos Estados Unidos, mostrou que crianças de três anos que brincam com blocos têm melhores habilidades matemáticas e noções de espaço no futuro. E mais: enquanto encaixa pecinhas, seu filho aciona um mundo de conteúdos, como se ele aceitasse o convite de enfrentar um novo desafio, elaborar estratégias, usar a criatividade para criar algo, além de exercitar a concentração e a coordenação motora.

Brincar faz parte de toda infância. Veja o que o seu filho aprende com cada brincadeira e o ajude a aprender. Como? Brincando com ele! 

- Ao jogar com um amigo, a criança precisa conversar, ouvir, esperar a sua vez, tolerar a frustração de perder, seguir regras, aprender a negociar. Com isso ele aprende a se socializar, ser flexível, trabalhar em grupo e compartilhar.

- Nas clássicas brincadeiras de rua, como o bom e velho esconde-esconde, pega-pega, queimada e tantas outras, a criança estimula as coordenações motoras grossa e fina, além de exercitar o equilíbrio, as habilidades com as mãos e os pés e a destreza dos dedos.

- Ao modelar massinhas, a criança solta a criatividade ao inventar o que quiser. Isso estimula a parte sensorial, o tato, a visão e até o olfato, além da coordenação motora fina. Lembre-se disso quando vir várias massinhas coladas na parede!

- Brincar de boneca, de casinha, fingir que é um super-herói ou que está dirigindo um carro favorecem as representações do dia a dia. Quando a criança dá bronca na boneca ou no ursinho de pelúcia, ela está mostrando a forma que encontrou para lidar com o “erro” e amadurecer.

- Ouvir e ler histórias e brincar com fantoches permitem que seu filho construa histórias e, por meio delas, aprenda a lidar com os desafios, além de deixar a vida muito mais divertida e iniciar uma história de amor entre a criança e os livros.

Com tudo isso, agora vem uma escolha difícil: Do que vamos brincar?

Fonte: Especial Educação do Folha Vitória (http://www.folhavitoria.com.br/geral/especial-educacao-2014)

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