quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O bem-estar físico das crianças e jovens também ganhou destaque no Especial Educação do Folha Vitória. Uma das matérias publicadas pelo caderno online fala sobre o problema que a má postura pode causar aos alunos. Confira!

Quem nunca falou para uma criança “senta direito”, “estica as costas”? Muitas vezes essas frases se tornam chatas, de tão repetidas, mas o esforço vale a pena, pois é na infância e adolescência que protegemos os músculos e articulações que estarão conosco por toda a vida. Uma postura largada, desleixada, é muito comum e  totalmente corrigível com orientações dos pais, mães e professores em sala de aula, o local onde os alunos costumam passar a maior parte do seu tempo, depois da própria casa.

Uma criança ou adolescente que passa boa parte do dia com a postura sentada errada, com mochilas pesadas, e em cadeiras e carteiras inadequadas, com certeza, vai ter sua coluna e músculos afetados. Provavelmente está aí a explicação para uma reclamação cada vez mais frequente entre a garotada que se queixa de dor nas costas e desvios posturais.

A professora de Educação Física e pilates Gisely Machado, da Azen Academia, explica como o estudante deve se sentar: ele deve evitar escorregar o corpo na cadeira – e olha que muitos fazem isso! O correto é sentar-se sobre os ísquios (ossinhos do bumbum), com as costas retas, bumbum próximo ao encosto e pés apoiados no chão, mantendo as curvas fisiológicas da coluna. 

“A má postura traz malefícios para a vida adulta e se ele não corrigir a tempo acaba provocando um desvio na coluna que vai levar para a vida toda. Na escola, geralmente, o aluno projeta os ombros para a frente e isso tende a encurtar o peitoral, ou escorregar na cadeira, o que dobra a coluna na parte de baixo, sobrecarregando essa região”, destaca Gisely.

O professor deve estar atento à postura do aluno para não comprometer seu equilíbrio muscular. Já a escola pode colaborar fornecendo cadeiras ergonômicas, que se ajustam melhor à coluna e geram mais conforto na hora dos estudos. E pais: o cuidado na sala de aula é o mesmo em casa. É preciso observar como o filho fica na frente do computador, no sofá ou na mesa.

Uma das alternativas encontradas para minimizar e corrigir deformações na coluna de jovens tem sido o método pilates. A procura pelo procedimento tem uma explicação.  Segundo Gisely, o pilates é ideal para crianças e adolescentes, já que as técnicas desenvolvidas se adequam às necessidades deles. “Há uma alta prevalência de alterações posturais de coluna nessa faixa etária. O posicionamento inadequado pode ser tratado com exercícios aplicados no pilates”, explica.

A professora ressalta que além disso, o método também é recomendado porque nessa fase há um crescimento acelerado do corpo, muitas vezes acompanhado de dor. “O trabalho com flexibilidade e sustentação do corpo ajuda o adolescente a passar por essa etapa com menos incômodos”, acrescenta.

Gisely afirma que existem algumas peculiaridades no trabalho com esse público. Ela destaca que alguns músculos funcionam de maneira diferente em quem está em desenvolvimento. “É necessário equilibrar a parte lúdica com a pedagógica para se divertirem e aprenderem ao mesmo tempo como funciona o corpo”, salienta.

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