quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Atividades extracurriculares são ótimas! Desde que dosadas.

Outra matéria muito bacana publicada no Especial Educação do Folha Vitória diz respeito às atividades extracurriculares dos estudantes. Que elas são ótimas, ninguém duvida! Porém, precisam ser dosadas para não sobrecarregar a criança. Quem está falando sobre o assunto na matéria são a pedagoga da escola, Rafaela Martins Moura Sá Muzi, e sua tia, a educadora e Doutoranda Sara Rozinda dos Passos. Vale a pena conferir!

Você provavelmente já começou a programar a agenda do seu filho para o ano que vem. Talvez matriculá-lo em um curso de inglês... Mantê-lo na natação ou no judô. Ou quem sabe nos dois? Mas, cuidado: você pode estar sobrecarregando demais a criança com atividades extracurriculares! 

É fato que fazer outro tipo de atividade fora da escola é fundamental na educação infantil e permite a formação integral da criança, além delas serem importantes para o desenvolvimento social e intelectual. Artísticas ou esportivas promovem trocas culturais e servem como apoio ao processo de aprendizagem. 

Mas a educadora Sara Rozinda dos Passos faz uma ressalva: é preciso cuidado para não transformar o aprendizado e distração em estresse. O mais importante é fazer o que a criança gosta, não o que a mãe queria fazer quando mais nova e não pôde. “A atividade tem que ter um significado para a criança. Quando é uma atividade motivadora, que enriquece o universo da criança e que  ela gosta de fazer, é ótima e ajuda, principalmente, no campo da disciplina. Agora, se a criança vai empurrada, emburrada, não adianta de nada, ela vai acabar aprontando”.

E como saber que você não está enchendo a agenda do seu filho de atividades? O ponto principal é observar a criança. Se ela começar a demonstrar cansaço, apatia, ficar desatenta e sonolenta, é preciso rever algumas atividades. Sara alerta que cada criança tem o seu ritmo de aprendizagem e para descobrir qual é o do seu filho é preciso muita conversa e atenção. 

Lembrem-se, pais: é importante estimular seu filho a descobrir novas habilidades e diversões, mas é fundamental ensinar também que existe a hora do descanso e do lazer, e o mais importante, a hora de ela ser criança. “Se a criança fica cerca de cinco horas por dia na escola, isso dá 20 horas semanais. Por isso, as atividades extracurriculares não devem passar de duas horas/aula e duas vezes na semana, e acabou. A criança tem que ter tempo para ser criança, senão ela vira um adulto em miniatura, uma criança estressada, elétrica. É preciso administrar o tempo da criança de modo que ela tenha horário para as atividades de casa da escola, as atividades extracurriculares e as brincadeiras”, defende a especialista.

Rafaela Moura Sá, pedagoga do Colégio Renovação, concorda com Sara ao defender um limite de atividades para as crianças. “Muitos pais não sabem que a criança está estressada pelas atividades durante a semana, mas ela fica irritada, chora à toa. Eles acham que a criança está carente, mas não é isso, ela está cansada. É preciso dosar, ver as características, a rotina dessa criança para saber como dosar essa atividade”, sugere.

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